Eu estou abrindo esse tópico na expectativa de trocar algumas informações com os proprietários do primeiro modelo de impressora com tanque de tinta da HP, também gostaria de fazer algumas observações sobre o projeto dessa máquina.
Eu tomei conhecimento do lançamento do modelo GT 5822 através de um email do Denis, o idealizador do site Tudo Sobre Impressão, antes de colocar uma impressora com sistema de tinta contínua no mercado a HP testou algumas alternativas como o Instant Ink, trata-se de um sistema de assinatura periódica onde o usuário paga um valor mensal determinado para ter direito a uma quantidade de cartuchos pré estabelecida, soa como um aluguel para usar o equipamento. O mercado não respondeu como a HP esperava e uma nova proposta foi lançada. A linha Ink Advantage surgiu com a promessa de baratear o preço dos cartuchos cobrando um valor maior nas impressoras da linha.
O segmento de impressão doméstico no Brasil é cercado por alternativas como os consumíveis similares, a maioria proveniente da Ásia e com custo muito abaixo do que é atualmente praticado pelo setor, as empresas perderam uma porcentagem significativa de receitas com o advento dos bulk inks, do segmento de remanufatura e da competição desleal com os cartuchos compatíveis chineses. A HP fracassou em todas as tentativas de elevar o consumo de suprimentos originais e resolveu ceder a pressão externa encabeçada pela Epson com 20 milhões de impressoras Ecotanks vendidas.
O lançamento do modelo GT 5822 reuniu alguns veículos da mídia especializada em uma cerimônia de apresentação, nós temos poucos sites de caráter analítico e a máquina aparentemente foi bem recebida pelo público. Os primeiros reviews internacionais apontavam a semelhança do projeto da GT 5822 com os modelos da série 3000 representado por impressoras de entrada e baixo custo, máquinas dimensionadas para cópias esporádicas. Eu tive a oportunidade de ver de perto uma GT 5822 e não gostei do que vi, uma observação atenta ao seu projeto revelará que temos basicamente a mesma plataforma de uma 3632/3636 com as devidas adaptações, um equipamento frágil, leve, sem um sistema satisfatório de sucção de tinta do tanque para os cartuchos e o pior, a durabilidade da cabeça de impressão que se assemelha literalmente a um cartucho descartável.
Eu estava trabalhando em casa quando percebi que uma live estava sendo conduzida pelo canal da Sulink, como de costume eu não pude deixar de fazer uma pergunta sobre a percepção deles a respeito da durabilidade dos cabeçotes de impressão do equipamento, a resposta como já era esperada foi desanimadora e pode ser observada a partir de exatos 9:00 minutos do vídeo, observem a reação do Ramon e do Robin quando leram a pergunta, vejam quando ele tira o que a HP chama de cabeçote e tirem as suas próprias conclusões, no canal também é possível encontrar a análise completa da HP GT 5822.
A HP GT 5822 é uma máquina para 20 ou 30 mil cópias, uma impressora que não justifica o preço quando temos alternativas como as Ecotanks da Epson, uma linha de equipamentos madura com alguns anos no mercado e dezenas de modelos lançados, desde versões para o público doméstico até as maquinas desenvolvidas para o segmento de outcourcing de impressão como a recém lançada L1455. Se algum leitor do site estiver em dúvida sobre a compra dessa impressora é bom repensar, você vai investir R$1.000 em uma máquina descartável e vagabunda, a HP não fez nenhum esforço para lançar no mercado um produto decente.
“a HP não fez nenhum esforço para lançar no mercado um produto decente”
Correção: a HP não FAZ nenhum esforço.
Como já discutimos, Dimitrius, se as cabeças de impressão da HP fossem mesmo duráveis elas não seriam facilmente substituíveis (facilmente no sentido de que basta desencaixar a antiga e colocar a nova).
A HP tem boas tecnologias e bons equipamentos, mas o modelo de negócios deles é o mesmo dos fabricantes de lâminas de barbear. Eles poderiam fabricar lâminas que duram mais de uma semana, mas isso atrapalharia os negócios (as vendas de lâminas avulsas).
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“se as cabeças de impressão da HP fossem mesmo duráveis elas não seriam facilmente substituíveis (facilmente no sentido de que basta desencaixar a antiga e colocar a nova).”
Nós debatemos o perfil de durabilidade das cabeças de impressão da HP, esse é um dos pontos mais importantes porque o custo de reposição da peça representa uma parcela significativa no valor final do equipamento, entretanto se você tiver oportunidade seria interessante testar uma futura aquisição dessa fabricante utilizando apenas tinta pigmentada, eu acredito que nós já conversamos sobre isso e parece-me que a diferença de durabilidade é significativa já que alguns componentes presentes na composição das tintas corantes aceleram o processo de corrosão, ele ocorre gradativamente até fechar curto na cabeça levando a sua queima mas isso é outro assunto.
A análise de um modelo específico pode evidenciar um ou mais pontos de fragilidade, o problema observado com a GT 5822 é amplo, todo o projeto denota pouco capricho em sua execução, se nós estamos falando de uma máquina baseada na 3632/3636 não poderia ser diferente, ou poderia? Uma impressora de R$350,00 com bulk ink de fábrica custando R$1.000.
A HP 3636 é um modelo que consegui fisgar alguns incautos que desconhecem outras alternativas. A Canon MG 3610 pode ser comprada por menos de R$300,00, é um modelo multifuncional com duplex automático, wi fi, impressão sem borda dispensando qualquer tipo de “modificação” além de vários aplicativos de qualidade embarcados, naturalmente uma máquina subsidiada para que a fabricante possa lucrar com a venda dos cartuchos mas é o mesmo modelo que a HP aplica na 3636.
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Os preços da linha WorkForce Pro da Epson estão baixando, quando os primeiros modelos chegaram a máquina mais barata custava R$7.000, atualmente podemos comprar uma WF 5190 por R$3.000, um equipamento mais rápido, para ciclos de operação pesados de até 35.000 páginas/mês.
https://www.officetotalshop.com.br/impressora-epson-wf-5190-dw-workforce-pro?gclid=CjwKEAjw5_vHBRCBtt2NqqCDjiESJABD5rCJPLNUSgsX_xCttIyu__i8f7hDHVuaiHAjiNFU4beOJBoCGE7w_wcB
Todas os cartuchos usam tinta pigmentada, só estou no aguardo do lançamento dos bulk inks para começar a indicá-la, já temos opções de bulk para algumas impressoras da série WF 3000 e WF 4000 mas são modelos que não chegaram oficialmente no Brasil.
Review da WF-5190 do site TomsitPro
http://www.tomsitpro.com/articles/epson-workforce-pro-wf-5190-review,2-840.html
Esse modelo usa cartucho ao invés de bolsa de tinta, o problema é que o valor dos cartuchos 788XXL ainda é alto para utilizá-la para o trabalho, um pouco menos de R$300,00 os coloridos, mas isso vai mudar quando tivermos bulks específicos.
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Eu estava pesquisando o valor do conjunto de cabeçotes para a GT 5822 e o preço corresponde a metade do valor da impressora, isso só reforça o título desse tópico. Eu encontrei o conjunto em um anúncio do Mercado Livre e foi o único lugar que eu localizei essas peças, lembrando que a vida útil das cabeças é limitada obrigando o utilizador a substituí-las com um determinado ciclo de cópias.
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A vida útil das cabeças provavelmente é estimada, pode ser que ela dure mais se forem usadas tintas de boa qualidade.
Ainda assim, essa lógica segue a usada pela HP em todos os modelos anteriores: as cabeças de impressão custam metade de uma impressora nova. Estou com uma 8610 parada por isto.
Fazer o quê…… 😀
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Eu concordo com você Denis mas a sua HP 8610 ao menos atingiu 60.000 cópias, não que isso seja grande coisa mas imagina uma cabeça de plástico, igual a um cartucho descartável, essa é a cabeça da GT 5822 e lhe digo mais, o pessoal da Sulink me disse que se aqueles cabeçotes suportarem 15.000 cópias já está valendo.
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Minha primeira impressora foi uma C60 da Epson. Coloquei um bulk ink do lado. Imprimiu muito com qualidade e durabilidade. Depois a EPSON lançou a L355. Comprei 2 (uma pra mim, outra para casa dos meus pais, com intervalo de 6 meses). Em menos de 1 ano as duas deram o mesmo problema: trocar o cabeçote (dentro da garantia). Com pouco mais de 1 ano de uso (e fora da garantia), as impressoras apresentaram novamente o mesmo problema. Desisti. Custo sem garantia para trocar o cabeçote novamente era R$380,00. Aí o pessoal fala de durabilidade. Nesse ponto, a EPSON deixou a desejar. Saudades da C60 com bulk ink alternativo… Abraços
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A EPSON lançou a L355. Comprei 2 (uma pra mim, outra para casa dos meus pais, com intervalo de 6 meses). Em menos de 1 ano as duas deram o mesmo problema: trocar o cabeçote (dentro da garantia).
O modelo L355 tinha alguns problemas mas em relação a recorrência da falha nos cabeçotes é bom avaliar qualidade da tinta você estava utilizando, isso não é normal.
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Olá Leonardo,
É uma pena que você tenha tido esses problemas, mas ao que parece de vez em quando a Epson erra alguma coisa em uns projetos. Por isso vira e mexe vemos modelos atualizados – depois da L355 vieram a L365 e a L375. Talvez essas duas últimas tenham resolvido os problemas que você viu.
Eu mesmo já passei por isso. Na época das primeiras impressoras de CD da Epson, a R200, a R220, e outros modelos, essas mais antigas tinham um defeito que fazia com que a bandeja de CDs não fosse mais reconhecida. Ela seguia puxando papel normalmente, mas não havia quem fizesse ela reconhecer a bandeja, portanto era impossível imprimir CDs e DVDs. Na época comprei com o pessoal da Ferragini, e eles recomendavam que eu tentasse limpar à mão algum sensor embaixo do carro de impressão para ver se ajudava.
O problema só foi resolvido definitivamente com os novos modelos, acho que a partir da R290. Depois disso tive várias outras Epson e a bandeja nunca mais foi um problema.
Mas veja, você não especificou que problema você teve com o cabeçote das suas impressoras. Ademais, no caso da troca fora da garantia, existe a possibilidade de você ter pêgo um técnico agindo de má fé, que sabia que a sua cabeça poderia ser recuperada mas resolveu lhe empurrar uma nova para assim ele pegar a sua usada, recuperar, e repassar para outro. Ou talvez ele só era preguiçoso mesmo.
O problema mais comum com cabeçotes Epson é o entupimento, quase sempre causado pelas tintas que as pessoas usam. Tem até vendedor infeliz comercializando tubos que são idênticos aos da Epson, inclusive no rótulo. Daí, é inevitável que a impressora cedo ou tarde apresente algum problema mais grave e necessite de uma limpeza mais profunda – e uso de tinta de melhor qualidade – para voltar a funcionar adequadamente.
Se você ainda tem essas L355, acho que vale a pena procurar um técnico mais conceituado para tentar recuperá-las.
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A L800 teve um grande lote lançado com cabeças de impressão problemáticas, com cerca de 7 a 10 mil cópias as paletas internas estouravam e as cores acabavam se misturando dentro da cabeça, espero não se um dos “desgraçados” que tiveram a má sorte de ter adquirido uma dessas…
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Como ex trabalhador de uma Kalunga, acredito que vocês têm argumentos muito válidos (preços da impressora e da cabeça de impressão, que só pode ser comprada com a HP por 150 cada um). MAS, a Epson não vende a cabeça de impressão, que por sinal tem a mesma vida útil da HP(15mil folhas). Vantagens da Epson, mais tempo de mercado nesse segmento, sistema mais \”refinado\”, é uma facilidade maior em achar tintas (tanto original quanto paralela). Desvantagens da Epson, cabeça de impressão que só a assistência troca(por meros 850 reais), esponja que para avisa que está no fim da vida com 14/15mil cópias(parece que é programado, e dá pra tirar a mensagem resetando a máquina), é uma impressão de foto um pouco pior(na tinta original, pois nenhuma das cores e tinta pigmentada). Vantagens da HP, todo canto concerta(por ser mais \”tradicional\”), impressão de foto pouco melhor, e a facilidade de você mesmo trocar a cabeça de impressão. Desvantagens, preço, preço, preço! Acho que é isso!
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A Epson não vende a cabeça de impressão, que por sinal tem a mesma vida útil da HP(15mil folhas).
Essa é uma informação completamente destoante da realidade, as cabeças de impressão fixa da Epson não tem durabilidade de 15 mil páginas, o período de garantia vigente impõe um limite de cópias que normalmente vai até 15 mil impressões mas isso é meramente o limite da garantia vigente, essas cabeças com frequência ultrapassam 100.000 cópias sem dificuldade, é uma condição absolutamente oposta a cabeça de impressão descartável utilizada no modelo com tanque de fábrica da HP (GT 5822) e na linha com tanque da Canon (Maxx Tinta). A HP e a Canon utilizam cartuchos pois é nele que está o circuito da cabeça de impressão, o usuário leigo acha que isso é uma vantagem até o cartucho queimar com 8 mil impressões obrigando o utilizador a desembolsar quase 500 reais para ter uma cabeça nova.
esponja que para avisa que está no fim da vida com 14/15mil cópias(parece que é programado, e dá pra tirar a mensagem resetando a máquina)
Todo o modelo de impressora jato de tinta possui um compartimento onde a tinta utilizada na limpeza da cabeça de impressão é depositada, é como se fosse a “lixeira” da impressora, nas Ecotanques tradicionais a necessidade de limpar e resetar o contador da “lixeira” ocorre em média a cada 15 mil impressões, esse reset também é obrigatório nas HP e Canon porque como eu expliquei elas também possuem um compartimento que acumula a tinta utilizada nos processos de manutenção e limpeza dos cabeçotes, não pense que isso é uma exclusividade da Epson.
é uma impressão de foto um pouco pior(na tinta original, pois nenhuma das cores e tinta pigmentada)
A qualidade fotográfica da impressão de um modelo com tanque da Epson é a melhor do mercado, você citou que não há tinta pigmentada, na HP GT 5822 e nos modelos da Canon a impressão de fotos é feita com as tintas corantes: magenta, ciano e amarelo. A única tinta pigmentada desses modelos é a preta, entretanto quando o usuário utiliza o modo de impressão fotográfico a impressora vai utilizar as 3 cores corantes para fazer inclusive o preto, isso ocorre porque a tinta pigmentada costuma não ter boa aderência no papel glossy brilhoso e ela não será misturada com as corante, a pigmentada é utilizada nesses casos apenas para impressão de textos.
Vantagens da HP, todo canto concerta(por ser mais \”tradicional\”)
Não há no mundo uma fabricante com maior volume de vendas de impressoras com tanque de fábrica que a Epson, mas de 20 milhões de modelos Ecotanks vendidos, no Brasil são 2 milhões de máquinas com tanque acoplado e por isso existem milhares de assistências autorizadas, se existe um contexto propício para usar o termo “tradicional” é nas Ecotanks da Epson.
HP = facilidade de você mesmo trocar
Se a fabricante implementa cartuchos descartáveis que não duram nada tem mesmo que facilitar a troca, a cabeça de impressão da Epson é permanente, nenhum usuário vai trocá-la com 15 mil cópias salvo se utilizar tintas de terceira categoria, são cabeças que vão ultrapassar 100 mil cópias.
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A foto do contador de uma Epson L375 chegando a 150.000 impressões, isso é impossível com uma HP GT 5822 ou com os modelos da Canon com tanque de fábrica pois em ambos os casos temos cabeçotes descartáveis que mal chegam a 10 mil cópias.
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